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Fev 15

Para os pais é sempre motivo de muita alegria quando os filhos vão para a escola e iniciam sua vida de estudo e de conhecimento de diversas situações do mundo que até então não conheciam. O primeiro dia de aula é fantástico! As primeiras notas, as primeiras amizades, tudo enfim! Mas de repente as coisas podem tomar rumos impensados e a alegria pode se converter em tristeza e preocupação. Devido a uma série de fatores que serão analisados nesse artigo, as crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem e chegar à temida reprovação. Entretanto, saiba que, como pais, devem sempre preparar o filho para regressar as aulas da melhor maneira possível e com muito ânimo.

 

 

1. A repetência possui fatores físicos e psicológicos

Nem sempre a questão da repetência está associada à falta de interesse da criança, embora a tendência natural seja usar esse argumento. Talvez seja mais fácil pensar assim. Dói menos no ego dos pais. Mas a verdade é que as situações são as mais diversas.

 

Problemas Patológicos: Há crianças que apresentam quadros de deficiência, de doença ou alguma patologia mais ou menos grave; crianças que apresentam quadros de dificuldades devido a inúmeros problemas de maus tratos, desentendimentos familiares, falta de acompanhamento e de compreensão dos pais, irmãos e pessoas mais próximas. Até mesmo um simples problema de vista pode afetar e muito o desempenho da criança na escola.

 

Problemas Psicológicos: Os efeitos psicológicos também contam muito! Algumas crianças se vêem nesse tipo de situação e, embora não saibam explicar, são atingidas em cheio e sofrem demasiadamente. Assim são desenvolvidos inúmeros quadros de complexos e diversos outros problemas. É difícil entender e até assumir isso, mas a verdade é que até mesmo um dever de casa que é enviado pela professora e retorna para a escola sem ser feito, já traduz para a criança uma mensagem de desleixo para com ela e de pouco comprometimento com a sua educação.

 

2. Nem sempre a família é culpada, mas às vezes é

Evidentemente seria leviano culpar somente a família por essa situação, uma vez que há casos de pais que, embora se comprometam e se esforcem, não conseguem ver seus filhos avançar. Mas nesses casos há a possibilidade do que já foi citado anteriormente: as questões patológicas. É profundamente ruim aceitar que um filho possa ser portador de alguma deficiência ou de alguma doença/ patologia grave, mas não adianta fechar os olhos e fazer de conta que nada está acontecendo. Se esse for o problema, é preciso detectar e tratar para que essa criança tenha a possibilidade de ter uma vida o mais natural possível, livre das conseqüências mais severas do seu estado físico ou de saúde.

 

O papel da escola: Equipe Psicopedagógica

Para isso as escolas hoje já contam com o apoio especializado de psicopedagogos, que são os profissionais responsáveis por detectar esses problemas e encaminhar os alunos para o acompanhamento especializado. Esse é um dos pressupostos a serem analisados quando acontece uma reprovação. A bem da verdade, é algo que deve ser analisado antes que a reprovação aconteça. Ainda que a equipe psicopedagógica da escola não tenha se manifestado, mas os pais percebem algo de anormal no desenvolvimento intelectual de seus filhos, é direito deles procurar a escola e pedir o diagnóstico da equipe e, se for o caso, o encaminhamento para atendimento na rede especializada. A detecção de um problema pede a intervenção imediata. Esse não é um favor. Trata-se de uma obrigação que está descrita no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). É direito da criança e deve ser cumprido.

 

E quando a escola é o problema?

Caso não sejam esses os problemas, é preciso verificar se o problema está na escola. Pode ser que a criança esteja tendo dificuldades de se adaptar à escola, de entrar no ritmo do processo de ensino ou mesmo de afinidade com sua professora. Isso é perfeitamente possível. Se a proposta pedagógica não for ideal para a criança, é prejudicial para ela. O caso é analisar se esse é o problema. Se for, é necessário encontrar formas de saná-lo. Não se pode esquecer que a criança tem todo o direito e isso tem de ser garantido a ela.

 

Por fim, o enfrentamento do problema

Caso não seja detectado problema psicológico ou patológico na criança, bem como casos relacionados à família ou à escola, então a última atitude é o enfrentamento ao problema do desinteresse, o que também não é uma tarefa simples. Como colocar na cabeça da criança que ela deve se esforçar e estudar para aprender? Se ela já tiver idade um pouco mais avançada, esse processo se torna menos difícil. Mas para uma criança mais nova, esse problema é dobrado, além de ser mais traumático. Esse é um dos motivos para o Ministério da Educação estar desaconselhando as escolas a reprovarem as crianças até o 3º ano do Ensino Fundamental.

 

Em casos de reprovação, o que se tem a fazer é estabelecer metas para a criança e, paulatinamente, despertar-lhe para a necessidade do estudo. A compensação é um meio a ser utilizado, mas é extremamente perigoso. É preciso utilizá-la moderadamente para não criar outro problema.

 

Algumas pessoas tendem ao castigo e não sou contrário a isso, desde que a atitude não se torne uma perversidade. Não se pode esquecer que maus tratos é crime. É com cuidado que devemos lidar com esses problemas. Somos responsáveis pelas crianças. Elas não são responsáveis por si e nem por nós. É bom considerarmos isso...

publicado por plantasejardinagem às 16:49

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